Fariseus são boas pessoas

Pois Eu lhes digo que se a justiça de vocês não for muito superior à dos fariseus e mestres da lei, de modo nenhum entrarão no Reino dos céus (Mateus 5:20).

Essa é a afirmação mais assustadora em todo o repertório de ideias de Jesus. Deve ter deixado Seus discípulos e demais ouvintes muito perplexos.

Como poderia alguém ter mais justiça do que os escribas e fariseus? Tal pensamento parecia a maior impossibilidade na mente dos judeus do primeiro século.

Os escribas eram uma classe de pessoas que passavam todo o seu tempo ensinando e expondo a lei de Deus. Sua vida inteira era dedicada ao estudo da Palavra de Deus. Dedicação — os escribas a tinham em abundância.

Nos tempos de Jesus, os fariseus eram uma classe seleta de aproximadamente 6 mil homens. A vida deles era totalmente dedicada a promover a vinda do Messias (a palavra grega equivalente a Messias é traduzida como “Cristo”) por meio de um viver perfeito.

A maioria dos cristãos precisa revisar sua concepção dos fariseus. Eles não eram simplesmente bons homens; eram os melhores homens. Não só eram moralmente retos, mas extremamente sinceros em buscar a Deus e na veneração e defesa do Seu santo nome, Sua lei e Sua Palavra. Certamente, a igreja e o mundo estariam infinitamente melhores se um maior número de nós viesse a Deus diariamente com a principal pergunta farisaica: “Que farei para herdar a vida eterna?” (Mateus 19:16; Lucas 10:25). Aqui estava um povo totalmente dedicado a servir a Deus, desde o momento em que se levantavam de manhã até quando se deitavam à noite.

Deturparemos a imagem do Novo Testamento se deixarmos de ver a bondade dos escribas e fariseus.

Quanto poderia a igreja fazer se cada um de nós fosse tão dedicado como eles eram! Isso, porém, não quer dizer que eles faziam tudo certo, embora pareça sugerir que sua dedicação e devoção a Deus eram incontestáveis.

Ajuda-me, Senhor, a aprender a lição positiva de dedicação dos escribas e fariseus. Ajuda-me a levar a sério a Tua Palavra.

George R. Knight foi professor de História da Igreja na Andrews University, Estados Unidos, por trinta anos. Retirado de Caminhando com Jesus no Monte das Bem-aventuranças (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2001), p. 112.

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