Do que você está falando?

Imagine que você faz parte de um grupo que está ouvindo um preletor empolgante que diz: “Eu tenho ótimas notícias! Você não precisa mais temer a maldosa Shelob. Sua presença hipnótica é bem enfraquecida pelo Frasco de Galadriel. Embora a maldade de Sauron ainda se desenvolva a leste, sua missão de carregar o Anel até a Montanha da Perdição está garantida, e, enquanto você se apegar à Espada Élfica e com sabedoria usar o Frasco Resplandecente, estará seguro. Continue seguindo Sméagol, por ora, e no seu caminho vá pela Passagem de Cirith Ungol. Não são ótimas notícias?”.

Se você leu o livro de J. R. R. Tolkien, O senhor dos anéis, provavelmente irá compreender o que o pregador disse. Você até deve ter reconhecido alguns nomes e sentido alguma emoção quando foram mencionados. […]

Mas, se você não leu a trilogia de mais de mil páginas, não terá noção do que estava sendo dito nem se importaria muito com Frodo e seu Frasco. […]

Você não acha que a experiência de alguém que conhece pouco ou quase nada sobre esse livro é parecida com a de tantos jovens [e adultos] pós-cristãos que escutam a explicação dos ensinamentos bíblicos, incluindo o evangelho de Jesus? Começamos pelo meio de uma história que eles não conhecem ou que conhecem muito pouco e principalmente pelas experiências negativas. Oferecemos a eles uma fuga de um perigo que eles desconhecem e usamos palavras que não fazem parte do vocabulário deles. – Dan Kimball, A igreja emergente: cristianismo clássico para as novas gerações (São Paulo: Editora Vida, 2008), p. 211-212.

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