Culto chato?

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Tornar as reuniões interessantes

É dever dos que estão ligados à igreja sentir a responsabilidade individual de usar sua máxima capacidade para fortalecer a igreja e tornar as reuniões tão interessantes que os de fora ou descrentes sejam atraídos para as reuniões. […]

Nas pequenas congregações, há o perigo de se destruir o interesse por causa da imprudência. Não deve haver longas orações; guarde suas longas orações para o seu quarto. Que as suas orações não falem a respeito de todas as coisas do mundo. Faça orações ao ponto; peça a bênção de Deus por si mesmo e pelos que estão presentes. Quando você orar sozinho em seu quarto, então poderá derramar perante Deus todo o fardo de seu coração, mas a reunião de adoração a Deus não é o momento para isso. Tal hábito destrói o interesse pelas reuniões, e as torna enfadonhas. Veja a oração simples que Cristo ensinou aos discípulos. Que oração breve! Que oração completa!

Quando se aproximar de Deus, ore de maneira breve e simples. Não desonre a Deus com orações cheias de retórica, nem faça ao Senhor um sermão em sua oração. Vá a Deus com a necessidade de sua alma, e diga exatamente o que você deseja, como uma criança ao seu pai terreno; e cofie em seu Pai celestial como uma criança confia em seu pai terreno.

Quando a reunião for realizada sem a presença de um pastor, que alguém assuma a direção, mas não gaste um longo tempo para sermonizar. Simplesmente fale as palavras no espírito e no amor de Jesus, e assim dê um exemplo aos outros. Que as palavras não sejam apenas para falar e matar o tempo. Que cada um participe apresentando a experiência de sua alma. Que falem de suas experiências individuais, das lutas de sua alma, das vitórias obtidas. Acima de tudo, que ofereçam a Deus um tributo de louvor vindo de um coração agradecido pelo qual Jesus morreu. Esse é um assunto sobre o qual cada pessoa pode falar com proveito. É dever de todos sentir que devem contribuir com sua parte para a vida e a alma da reunião. Façam isso, e a bênção de Deus virá ao meio de vocês em grande medida. – Manuscrito 39, 1887, em Manuscript Releases, v. 3, p. 1.

Aqueles que estudarem os métodos de ensino de Cristo, e se educarem em seguir os Seus passos, irão atrair grande número de pessoas, mantendo a atenção delas, como Cristo fazia. – Evangelismo, p. 124.

Trabalho com crianças e jovens

Aqueles que trabalham com crianças e jovens devem evitar discursos enfadonhos. Ir direto ao ponto trará os melhores resultados. Se há muita coisa a dizer, fale sobre o assunto em outros momentos. Algumas observações interessantes, feitas ocasionalmente, serão mais eficientes do que transmitir todas as informações de uma só vez. […]

Falar muito irá levá-los a detestar assuntos espirituais, da mesma maneira que comer em excesso sobrecarrega o estômago e diminui o apetite, produzindo enjoo. Nossas instruções à igreja, especialmente aos jovens, devem ser dadas “um pouco aqui, um pouco ali”. […]

Devemos buscar entender a mente e os sentimentos dos jovens, compartilhar de suas alegrias e tristezas, lutas e vitórias. […] No trabalho com os jovens, devemos nos aproximar deles, se queremos ajudá-los. […] Não imagine que será possível despertar o interesse dos jovens indo à reunião e pregando um longo sermão. Planeje meios de despertar um profundo interesse. – Obreiros evangélicos, p. 208, 210.

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Verdadeira adoração

É impossível descrever de maneira suficientemente forte os males de uma adoração formal, mas não há palavras para descrever as profundas bênçãos da adoração genuína. […]

Escolha-se um grupo de pessoas para conduzir os momentos de louvor. E seja este acompanhado por instrumentos musicais habilmente tocados. Não nos devemos opor ao uso de instrumentos em nossa obra. Essa parte da adoração deve ser cuidadosamente dirigida, pois é o louvor a Deus através do cântico. – Testemunhos para a igreja, v. 9, p. 143.

A pregação nas reuniões de sábado em geral deve ser breve, dando-se oportunidade aos que amam a Deus para exprimir sua gratidão e adoração. […]

Cada um deve sentir que tem uma parte a desempenhar a fim de tornar as reuniões de sábado interessantes. Não devemos nos reunir simplesmente para preencher uma formalidade, e sim para trocar ideias, relatar nossa experiência diária, oferecer ações de graça e exprimir nosso sincero desejo de ser iluminados para conhecer a Deus e a Jesus Cristo, a quem Ele enviou. O encontro coletivo com Cristo fortalece a alma para os embates e provações da vida. Nem é possível imaginar ser cristão e viver concentrado em si mesmo. […]

Não conseguimos a centésima parte das bênçãos que podemos obter em nossas reuniões de culto a Deus. Nossas habilidades de percepção precisam ser aguçadas. A comunhão uns com os outros deve encher-nos de alegria. Com a esperança que temos, por que nosso coração não há de entusiasmar-se com o amor de Deus?  – Testemunhos para a igreja, v. 6, p. 361-362.

Para que nos reunimos?

As reuniões de testemunhos e oração não devem causar tédio. […] A formalidade e o constrangimento devem ser postos de lado, devendo todos estar prontos para o dever.

Qual é o objetivo de reunir-se? Porventura seria dar informações a Deus em oração, ou instruí-Lo contando tudo o que sabemos? Reunimo-nos para edificar uns aos outros com a troca de ideias e sentimentos; para adquirirmos poder, luz e ânimo ao nos familiarizarmos com as esperanças e desejos uns dos outros; e, ao orarmos com fé, sinceridade e fervor, receberemos refrigério e vigor da Fonte de poder. Essas reuniões devem, pois, ser ocasiões sumamente preciosas e tornar-se atraentes a todos os que apreciem as coisas religiosas.

Temo que alguns não levem suas dificuldades a Deus em orações particulares, mas reservam-nas para as reuniões de oração, e ali querem compensar suas orações de vários dias. Essas pessoas destroem as reuniões de testemunhos e oração. Eles não emitem luz e a ninguém edificam. Suas orações frias e formais, e longos testemunhos refletindo sua apostasia projetam sombras. Todos se sentem aliviados quando finalmente se calam, e é quase impossível dissipar as trevas e a frieza que suas orações e testemunhos trouxeram à reunião.

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Segundo a luz que me foi dada, nossas reuniões devem ser espirituais e sociais, e não muito demoradas. O retraimento, o orgulho, a vaidade, o temor de homens devem ficar de fora. Pequenas diferenças e preconceitos não devem ser ali introduzidos. Como numa família unida, simplicidade, mansidão, confiança e amor devem existir no coração dos irmãos e irmãs que se reúnem para reanimar-se e fortalecer-se ao partilharem seu conhecimento.

“Vocês são a luz do mundo” (Mateus 5:14), diz o divino Mestre. Nem todos têm em sua vida religiosa as mesmas experiências. Apesar dessas diferenças, eles se reúnem e, em espírito de simplicidade e humildade, compartilham suas experiências. Todos os que trilham o caminho do progresso cristão precisam ter e terão experiências revigorantes, que ofereçam novidade e interesse. Uma experiência como essa envolve tentações, provações e lutas cotidianas, como também esforços decisivos, vitórias, paz e alegria através de Jesus. A simples narração dessas experiências proporciona luz, força e conhecimento que ajudarão outros a progredir na vida espiritual. A adoração a Deus deve ser interessante e instrutiva para os que têm amor às coisas divinas e sagradas. […]

Seguir o exemplo de Cristo

O Redentor do mundo procurou tornar Suas lições claras e simples, para que todos as compreendessem. Geralmente preferia o ar livre para Suas mensagens. Não havia casa que comportasse a multidão que O seguia; mas tinha motivos especiais para ir às campinas e praias a fim de transmitir Suas lições e ensinos. Tinha ali uma vista majestosa da paisagem e utilizava cenas e objetos com os quais as pessoas de vida humilde estavam familiarizadas, para ilustrar-lhes as verdades importantes que lhes tinha a ensinar. […]

Em todos os Seus esforços, Cristo procurou tornar interessantes os Seus ensinos. Sabia que a multidão cansada e faminta não podia receber benefício espiritual, e não Se esqueceu de suas necessidades materiais. […]

Muitos, entretanto, fazem orações secas em forma de sermão. Eles oram aos homens, e não a Deus. Se estivessem orando a Deus e realmente compreendessem o que estavam fazendo, se assustariam de sua audácia, pois estão dirigindo ao Senhor um discurso, em forma de oração, como se o Criador do Universo necessitasse de informações especiais a respeito do que se passa no mundo. – Testemunhos para a igreja, v. 2, p. 577-581.

(Todas as citações foram retiradas de livros de Ellen G. White.)

Confira também este texto do pastor Isaac Malheiros: Ellen White contra o culto chato.

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