Compartilhando o evangelho hoje

Uma qualidade indispensável para se alcançar pessoas seculares é conhecer bem a Bíblia. Com isso, não me refiro a conhecer uma série de estudos sobre a Bíblia, mas conhecer a própria Bíblia. Conhecer as histórias dela. Entender como as ideias fluem no texto bíblico. Saber quais são as diferenças entre Mateus, Marcos e Lucas.

Esse tipo de conhecimento bíblico não se adquire do dia para a noite. Mas um conhecimento mais abrangente do conteúdo da Bíblia é essencial quando nos relacionamos com pessoas seculares. Elas quase nunca fazem as perguntas que se encontram nas séries típicas de estudos bíblicos. Fazem perguntas que jamais imaginamos.

A maioria de nossos estudos bíblicos tradicionais é projetada para pessoas que já conhecem Jesus e estão familiarizadas com a Bíblia. […]

Se você não tiver ideia do que responder, simplesmente diga: “Que ótima pergunta! Posso pensar um pouco e depois lhe trazer uma resposta? Uma pergunta tão boa exige uma resposta à altura.” Pessoas seculares não esperam que você tenha todas as respostas na ponta dos dedos. De fato, elas podem se intimidar se você insinuar que possui.

Meu estilo favorito de compartilhar o evangelho é o que chamo de “fórum aberto”. Esse estilo consiste num diálogo em que as pessoas podem interromper a qualquer momento para fazer comentários ou perguntas. […]

Pessoas seculares apreciam quem admite que sua compreensão da verdade está sujeita a limitações e distorção. Para elas, o estilo “fórum aberto” é muito mais persuasivo do que uma palestra incisiva. Enquanto ouvimos e dialogamos, demonstramos respeito pelo ponto de vista dos outros e, em retorno, estimulamos o mesmo respeito. […]

Da exclusão à inclusão

Se cremos que Deus está realmente ativo na emergente condição pós-moderna, precisamos ser mais inclusivos e abertos na maneira de lidar com os outros. Talvez seja necessário dar maior atenção ao ensino de Jesus: “Quem não é contra nós está a nosso favor” (Marcos 9:40). […]

De acordo com a Bíblia, é evidente que o ideal de Deus é levar as pessoas da exclusão à inclusão. No fim dos tempos, Deus vai derrubar as barreiras e dar aos seres humanos um novo vislumbre de Seus propósitos de salvação. A maior barreira contra a inclusão não é o coração de Deus, mas os corações humanos. A verdadeira fidelidade a Deus abrirá o caminho para uma deslumbrante inclusão que envolverá uma multidão vinda de “toda nação, tribo, língua e povo” (Apocalipse 14:6). No fim, a casa de Deus será uma “casa de oração para todos os povos” (Isaías 56:7).

Tal atitude de inclusão será muito animadora e positiva para os pós-modernos. Muitos sofreram abuso físico e psicológico ou negligência por parte de pais e familiares. Vivenciaram casos semelhantes de opressão no contexto de instituições religiosas. Eles levantam suspeita de qualquer pessoa que diga: “Eu estou certo e você está errado.” Antes de estarem dispostos a ouvir o desafio do evangelho, eles precisam experimentar as boas-vindas do evangelho. – Jon Paulien, Everlasting Gospel, Ever-changing World: Introducing Jesus to a Skeptical Generation (Pacific Press, 2008), p. 145, 159, 132-133.

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