A segunda vinda no Catecismo

[…] está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir julgar os vivos e os mortos. […]

A partir da Ascensão, o advento de Cristo na glória é iminente (Ap 22, 20), embora não nos “caiba conhecer os tempos e os momentos que o Pai fixou com sua própria autoridade” (At 1,7; cf. Mc 13, 32). Este acontecimento escatológico pode ocorrer a qualquer momento (Mt 24, 44; 1 Ts 5, 2), ainda que estejam “retidos” tanto ele como a provação final que há de precedê-lo (2 Ts 2, 3-12). […]

Antes da vinda de Cristo, a Igreja deverá passar por uma prova final, que abalará a fé de numerosos crentes (Lc 18, 8; Mt 24, 12). A perseguição, que acompanha a sua peregrinação na Terra (Lc 21, 12; Jo 15, 19-20), porá a descoberto o “mistério da iniquidade”, sob a forma duma impostura religiosa, que trará aos homens uma solução aparente para os seus problemas, à custa da apostasia da verdade. A suprema impostura religiosa é a do Anticristo, isto é, dum pseudo-messianismo em que o homem se glorifica a si mesmo, substituindo-se a Deus e ao Messias Encarnado (2 Ts 2, 4-12; 1 Ts 5. 2-3; 2 Jo 7; 1 Jo 2, 18.22). […]

O Reino não se consumará, pois, por um triunfo histórico da Igreja (Ap 13, 8) segundo um progresso ascendente, mas por uma vitória de Deus sobre o último desencadear do mal (Ap 20, 7-10), que fará descer do céu a sua Esposa (Ap 21, 2-4). O triunfo de Deus sobre a revolta do mal tomará a forma de Juízo final (Ap 20, 12), após o último abalo cósmico deste mundo passageiro (2 Pe 3, 12-13). […]

No dia do Juízo, no fim do mundo, Cristo virá na sua glória para completar o triunfo definitivo do bem sobre o mal, os quais, como o trigo e o joio, terão crescido juntos no decurso da história.

(Catecismo da Igreja Católica, 673, 675, 677, 68)

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