A bondade dos fariseus

Jesus respondeu: “‘Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não darás falso testemunho, honra teu pai e tua mãe’ e ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’”. Disse-Lhe o jovem: “A tudo isso tenho obedecido. O que me falta ainda?” (Mateus 19:18-20).

Jesus não contradisse o jovem fariseu que alegava ter guardado os mandamentos desde sua infância. Ele também não discutiu com o fariseu que orava, em Lucas 18, agradecendo a Deus por não ser “como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros” (verso 11).

Podemos aprender uma lição examinando o lado “bom” desse dedicado grupo. Vamos observar suas qualidades dignas de louvor.

Em primeiro lugar e acima de tudo, eles eram amantes e defensores da Bíblia como a Palavra de Deus. Sua tradição oral se estabelecera para preservar o verdadeiro significado das Escrituras.

Em segundo lugar, os fariseus eram totalmente dedicados à lei de Deus. Amavam a lei de todo o coração. R. Travers Herford apresenta esse aspecto do farisaísmo de maneira concisa, quando afirma que “a preocupação principal dos fariseus era fazer da Torá (lei) o guia supremo da vida, em pensamento, palavra e ação, através do estudo do seu conteúdo, da obediência aos seus preceitos, e, como base de tudo, um serviço consciencioso a Deus, o qual dera a Torá”.

Sua dedicação para guardar a lei de Deus os inspirara a desenvolver milhares de diretrizes, para nem sequer chegarem perto da aparência do mal. Assim, eles tinham cerca de 1.521 regras orais sobre como observar o sábado. Essas leis abordavam todos os aspectos de sua vida.

Além dessas qualidades, os fariseus eram cheios de zelo missionário e evangelístico e eram bons “adventistas”. Quer dizer, esperavam a vinda do Messias com grande expectativa. Muitos deles criam que o Messias (Cristo) viria se a Torá (lei) fosse observada com perfeição por um dia.

Os fariseus se assemelham a alguns membros da igreja. Eles acreditam em todas as coisas boas e desejam fazer o bem.

Mas aqui está a tragédia: eles não alcançavam o reino. Precisamos estar alerta para não acabarmos sendo como os fariseus. Sabe, de alguma forma eles não eram suficientemente bons.

George R. Knight foi professor de História da Igreja na Andrews University, Estados Unidos, por trinta anos. Retirado de Caminhando com Jesus no Monte das Bem-aventuranças (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2001), p. 113.

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