O mensageiro é a mensagem

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A maneira pela qual devemos navegar nessas águas culturais vem da compreensão de que em uma cultura pós-moderna o mensageiro é a mensagem. Como somos vistos é tão importante quanto as verdades que transmitimos. As pessoas assimilam aquilo que veem. A atitude cultural da igreja local comunicará a pessoa a conduta de Cristo, que foi amplamente atraente e aceita pelos “pecadores” de seus dias, ou reforçará um estereótipo que presta um desserviço a Jesus. […]

De modo geral, as novas gerações não perguntam: “O que é a verdade?”. Elas perguntam: “Será que eu quero ser igual a você?”. Em outras palavras, elas veem a verdade como relacional. “Se eu quero ser igual a você, então quero considerar o que você crê. Se eu não vejo nada real ou atrativo em você ou em seus amigos como seguidores de Cristo, não importa quão  ‘verdadeiro’ você pensa que algo seja, não estou interessado”.

Descobri que muito do pensamento pós-moderno oferece mais uma oportunidade em potencial do que uma ameaça à Igreja. Por quê? Primeiro, porque o pensamento pós-moderno tornou a busca espiritual culturalmente aceitável. Isso oferece uma oportunidade não vista nas décadas passadas de nutrir a alma de uma geração espiritualmente faminta. Ela não teme o mistério de Deus, mas aceita-o. Deseja experimentar as verdades mais profundas da existência que satisfazem espiritualmente.

Segundo, podemos voltar ao plano do Senhor para apresentar a verdade. Como podem as pessoas pós-modernas terem uma melhor experiência com Cristo, a Verdade, reapresentado na carne? Por meio de seu Corpo! De acordo com a Bíblia, a Igreja é o Corpo de Cristo. Creio que ela perdeu o senso de verdadeira identidade e mistério sob o olhar examinador do pragmatismo moderno. […] Cristo realmente conduz aqueles que buscam a verdade, à medida que eles a encontram e experimentam na igreja local.

As pessoas experimentam a verdade não apenas em palavras, mas em carne e osso, quando a igreja “ajustada e unida pelo auxílio de todas as juntas, cresce e edifica-se a si mesma em amor, na medida em que cada parte realiza a sua função” (Efésios 4:16). Esse é o real objetivo para criarmos uma cultura, reapresentar o Corpo de Cristo no mundo. – John Burke, Proibida a entrada de pessoas perfeitas: um chamado à tolerância na igreja (São Paulo: Editora Vida, 2006), p. 50-51, 54 (grifo nosso).

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