Pior do que sem religião

“Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês fecham o Reino dos céus diante dos homens! Vocês mesmos não entram, nem deixam entrar aqueles que gostariam de fazê-lo” (Mateus 23:13).

Aquela jovem buscava a Deus com toda sinceridade. E encontrara a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Como estava feliz! Quão sincera era ela! Como era transparente!

Ela descobriu que algumas coisas no adventismo eram diferentes daquilo que conhecera antes, mas tinha um desejo ardente de se enquadrar ali, de agradar os membros efetivos e fazer a vontade de Deus.

Ela já havia frequentado a igreja por um mês, quando foi anunciado um almoço em conjunto na semana seguinte. Ela ficou entusiasmada.

Tendo aprendido de alguma forma que os almoços adventistas eram vegetarianos, ela fez o melhor que pôde da cozinha vegetariana. Estava empolgada por fazer parte do povo de Deus.

Mas a refeição foi um desastre. Certa matrona da igreja notou que o prato daquela jovem não era suficientemente bom. Ele continha queijo, e aquela “santa mulher” já vencera aquele tipo de alimento. Ela deixou transparecer o que sentia sobre o assunto.

E o resultado? Nossa jovem amiga ficou oprimida. Perplexa, ela se dirigiu a outro lugar em busca de alimento espiritual.

Algumas variações dessa história são contadas vez após outra. Experiências de diáconos grosseiros, de observações feitas a respeito de joias ou vestidos, e acerca do tratamento de jovens que são um pouco diferentes, são abundantes no adventismo.

Como resultado, multidões têm ido para outro lugar. E depois de ler o Novo Testamento, acredito que Jesus teria ido com elas.

Ellen White acerta em cheio quando escreve que “uma religião legalista é insuficiente para pôr alguém em harmonia com Deus. A dura, rígida ortodoxia dos fariseus, destituída de contrição, ternura ou amor, era apenas uma pedra de tropeço para os pecadores” (O maior discurso de Cristo, p. 53).

A religião do Novo Testamento conduz homens e mulheres a Deus porque reflete o caráter de Jesus. Ele aceitava as pessoas muito melhor do que muitos de nós. A própria aceitação, logicamente, ofendia os escribas e fariseus, assim como ofenderia alguns adventistas.

George R. Knight foi professor de História da Igreja na Andrews University, Estados Unidos, por trinta anos. Retirado de Caminhando com Jesus no Monte das Bem-aventuranças (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2001), p. 115.

0 Comments

  1. Matheus,
    A história mencionada no artigo também pode ser encontrada em um dos livros de Alejandro Bullón, “Conhecer Jesus é Tudo””, se minha jovem-velha memória não estiver falha essa vez. Se não é o mesmo relato, é parecido, porém, o objetivo dos autores é comum a proposta do texto.

    Tenho repetido por inúmeras vezes a necessidade que urge no meio cristão, essa necessidade é de educação. Veja que o cristão mainstream não curte a boa leitura, apenas recebe o que ouve e busca aplicar sem o menor senso crítico e escriturístico, além de gostar muito de canções que pouco ou nada acrescentam teologicamente falando e que, não raras vezes, faz com que o ouvinte de vocabulário curtinho, não entenda, mas louve a Deus da mesma maneira.
    Sou adepto a ideia de escolas teologicas(função boa da unidade de ação da E.S que não vem recebendo a devida a tenção)comandadas por pastores conhecedores, principalmente, do assunto da justificação pela fé.
    Mas até chegar nesse ponto, é preciso caminhar bem devagarinho com o nosso povo.

Back to Top